Projeto REACT STOPdeserTejo

O projeto Stop DeserTejo – Operações Participadas de Combate à Desertificação no Estuário do Tejo, através das suas Ações, pretende combater, contando com a participação da comunidade, a desertificação através da beneficiação e restauro de ecossistemas mediterrânicos na Zona de Proteção Especial do Estuário do Tejo e em áreas de Reserva Ecológica Nacional ameaçadas por elevado risco de erosão em algumas encostas do concelho de Vila Franca de Xira, indo ao encontro dos objetivos constantes do AVISO CONVITE n.º 13/REACT-EU/2021.

Promotor:            Co-promotores:

Código do projeto| AAC nº 13/REACT-EU/2021 - Operação nº 181665

Região de intervenção: Concelho de Benavente e Vila Franca de Xira

Data de aprovação | 1/09/2022
Data de início | 1/2/2020
Data de conclusão | 31/12/2023
Custo Total de Investimento | 1 000 000,00 EUR
Custo total elegível | 1 000 000,00 EUR
Apoio financeiro da União Europeia | REACT-EU FEDER – 1 000 000,00 EUR
Apoio financeiro à Companhia das Lezírias |REACT-EU FEDER –456 105,24 EUR
Investimento da Companhia das Lezírias |0,00 EUR
Apoio financeiro à Câmara Municipal |REACT-EU FEDER – 295 055,00 EUR
Investimento da Câmara Municipal |0,00 EUR
Apoio financeiro à ABLGVFX |REACT-EU FEDER –248 839,76 EUR
Investimento da ABLGVFX | 0,00 EUR

  • Descrição do Projeto

    AÇÃO 1: BENEFICIAÇÃO E RESTAURO ECOLÓGICO DE HABITATS PROTEGIDOS – MONTADO DA CHARNECA DO INFANTADO

    Tendo o Copromotor Companhia das Lezírias S.A. (CL) a gestão florestal certificada como sustentável desde 2010 e parte da sua área florestal (cerca de 5.000 ha) incluída na Zona de Proteção Especial e no Sítio de Interesse Comunitário do Estuário do Tejo, permitindo que a floresta funcione como suporte aos habitats, à flora e à fauna, é preocupação da política florestal da CL maximizar a rentabilidade dos seus produtos, sem comprometer a sustentabilidade social e ambiental, onde se insere a conservação de espécies prioritárias. Neste âmbito, esta ação visa incrementar a regeneração natural do sobreiro e reforçar o esforço de plantação nos corredores ecológicos implementados desde 2009, com restauro ecológico de linhas de água e plantação e proteção de áreas arborizadas, formando um corredor contínuo, recorrendo ao apoio da comunidade científica e à participação de voluntários da região, de todas as faixas etárias.

    AÇÃO 2: BENEFICIAÇÃO E RESTAURO ECOLÓGICO DE HABITATS PROTEGIDOS E PRIORITÁRIOS – LAGUNAS COSTEIRAS

    Pretende-se com a presente Ação reforçar a resistência do solo a processos erosivos, através de diversas iniciativas de plantação e gestão da flora nas lagunas costeiras do EVOA – Espaço de Visitação e Observação de Aves, contribuindo para a continuação da recuperação ecológica e evolução da sucessão florística característica deste habitat prioritário.

    AÇÃO 3: BENEFICIAÇÃO E RESTAURO DOS POVOAMENTOS FLORESTAIS DA AGUIEIRA, SOBRALINHO E SUBSERRA

    A proposta de Beneficiação e Restauro dos Povoamentos Florestais da Aguieira, Sobralinho e Subserra no concelho de Vila Franca de Xira visa implementar ações de rearborização que valorizem os ativos naturais, paisagísticos e patrimoniais presentes nestes três povoamentos florestais, através do reforço da capacidade de planeamento e gestão florestal e do aumento da resiliência destes territórios no combate aos atuais desafios climáticos, nomeadamente na redução da vulnerabilidade à erosão hídrica do solo e aos incêndios rurais. Oferecendo também garantias que com estas intervenções, o enquadramento histórico, arquitetónico, turístico sairão reforçados, tal como pela população do concelho.

    AÇÃO 4. DESIGNAÇÃO: RESTAURO DE HABITATS PROTEGIDOS E PRIORITÁRIOS NA FRENTE RIBEIRINHA DO CONCELHO DE VILA FRANCA DE XIRA.

    A intervenção no quadro da Ação de Restauro de Habitats Protegidos e Prioritários na Frente Ribeirinha do Concelho de Vila Franca de Xira, tem como principal objetivo recuperar o equilíbrio ecológico das zonas de sapal na margem ribeirinha do Tejo aumentando a sua capacidade adaptativa face ao risco climático. As áreas a intervir com vista ao Restauro de Habitats localizam-se: 1) margem ribeirinha entre o parque urbano dos Moinhos da Póvoa e o limite sul do concelho de Vila Franca de Xira; 2) margem ribeirinha de Alhandra, junto do cais 14 e abrangem sensivelmente 10 ha. Numa primeira fase pretende-se recuperar o ecossistema de sapal recorrendo a técnicas de gestão da flora, como o caniço, de modo a permitir o desenvolvimento de espécies de desenvolvimento mais lento, adequando as operações às suas características e, sempre que necessário, erradicação de exóticas (ex. canas), por forma a permitir condições para a plantação de espécies adequadas, nomeadamente salgueiros (Salix salviifolia) e tamargueiras (Tamarix galica), tendo como objetivo restabelecer o equilíbrio ecológico do local e criar condições para a vivência de numerosas espécies de seres vivos.

    AÇÃO 5. RECUPERAÇÃO DE ÁREAS ERODIDAS E DE ÁREAS SALINIZADAS NA LEZÍRIA SUL

    A localização do Aproveitamento, que termina já no Estuário do Tejo, confere-lhe particularidades como a exposição contínua à subida da maré, a incerteza diária dos níveis existentes nos rios circundantes (Tejo e Sorraia) por água vinda de montante conjugada com a subida da maré, e ainda a ausência de armazenamento de água (sem barragem). O dique de proteção, em terra, defende diariamente o Aproveitamento do efeito das marés, e também contra eventos de cheias. Conta com um comprimento total de 61,40 km, e: i) permite a salvaguarda contínua dos ecossistemas mediterrânicos inseridos no mesmo, ii) potencia o habitat nas áreas de sapal (zona integrante e exterior do dique) e iii) impede o alagamento de toda a área da Lezíria aquando da subida da maré e do nível de água no rio, o que acontece duas vezes ao por dia (duas preia-mar/24h). No âmbito da ação Recuperação de Áreas Erodidas e de Áreas Salinizadas na Lezíria Sul será melhorado o sistema de rega e de drenagem do Aproveitamento, que tem vindo a sofrer erosão hídrica, aumentando também a sua capacidade de armazenamento de água doce, tornando mais resiliente a períodos de seca, e, separando as valas de irrigação das valas de drenagem. Esta operação é importante para que o fornecimento de água doce às atividades agrícolas e às espécies faunísticas e a lavagem dos sais acumulados no perfil dos solos ocorra em valas distintas, contribuindo assim para a dessalinização dos solos.

    AÇÃO 6. CAPACITAR E EDUCAR PARA A TRANSIÇÃO CLIMÁTICA

    A proposta de Capacitar e Educar para a Transição Climática tem por objetivo partilhar o Know-how existente no Copromotor CL, dotando os técnicos das entidades participantes de ferramentas para adequarem as práticas de gestão das suas áreas para uma maior resiliência à transição climática. Os voluntários envolvidos nas operações no terreno terão também sessões preparatórias prévias à intervenção. Simultaneamente, pretende-se aumentar a perceção pública sobre o fenómeno da desertificação e da degradação dos solos e suas consequências para a perda da biodiversidade, apostando em ações de informação, sensibilização e educação ambiental, com destaque para o público em idade escolar.

  • Objetivos

    As Operações participadas a realizar pela Operação Stop DeserTejo – Operações Participadas de Combate à Desertificação no Estuário do Tejo, visam combater a desertificação através da beneficiação e restauro de ecossistemas mediterrânicos na zona de proteção especial (ZPE) do Estuário do Tejo e em área de Rede Ecológica Nacional (REN) com risco elevado de erosão hídrica do solo, aumentando a sua resiliência à transição climática. Será fomentada a fixação de carbono e nutrientes no solo através do apoio na regeneração natural dos sapais e montado e rearborização e gestão do montado para o aumento de densidade da floresta autóctone.

     

    OBJETIVOS ESPECÍFICOS:

    Constituem objetivos específicos a alcançar pela Operação Stop DeserTejo, os abaixo descriminados:

    • Preservação da regeneração natural e reflorestação do montado, incrementando o conhecimento sobre as melhores práticas, em sistema silvopastoril na Charneca do Infantado, no concelho de Benavente e da floresta mediterrânica nas encostas da Aguieira, Subserra e Sobralinho, no concelho de Vila Franca de Xira;
    • Restauro ecológico de flora autóctones nas lagunas costeiras do EVOA e na margem ribeirinha mais urbanizada do concelho de Vila Franca de Xira, com vista a melhorar a qualidade e funcionalidade do solo e da sua biodiversidade;
    • Recuperação de áreas agro-pastoris salinizadas, por via da melhoria da qualidade e disponibilidade de água doce no aproveitamento hidroagrícola da Lezíria Grande de Vila Franca de Xira – Lezíria Sul, aumentando a sua resiliência em períodos de seca prolongados.
  • Resultados